A primeira etapa do Enem 2023 aconteceu no domingo, 04 de novembro. No primeiro dia de aplicação do exame, os estudantes resolveram 90 questões de Linguagens e códigos e Ciências Humanas, além da Redação.
Para entender melhor como foi a prova, convidamos nossos professores para comentar o que acharam das questões e da prova, a partir de uma visão panorâmica. Confira abaixo!
Comentários do professor Thiago Braga:
“Trata-se de um tema que não é esperado, uma questão extremamente sensível e invisibilizada, e daí vem a importância de uma discussão como essa para jovens de todo o Brasil. Talvez esse seja um marco que separe a questão dos cuidados domésticos com foco na mulher em duas partes, e a sociedade brasileira comece a se preocupar com isso.“
Comentários da professora Larissa Maciel:
“Considero a prova de Linguagens relativamente fácil. Tivemos muitas questões que focaram em aspectos linguísticos, relacionados à variação linguística e ao registro linguístico. Não achei as questões muito ambíguas, como nos outros anos. Pouquíssimas delas geravam confusão entre duas opções, como já aconteceu muito.
Em relação a conteúdos de literatura mais explícitos, tivemos pouca expressividade esse ano. Poucas questões com imagens e cartazes, o que também surpreendeu bastante.
Mesmo cobrando conteúdos de forma mais implícita, as temáticas das questões foram extremamente relevantes. Tivemos uma comparação entre o português de Portugal e o português do Brasil, várias questões falando sobre a população negra, o corpo negro e sobre a relevância da linguagem na apresentação dessas diferenças. Temas muito atuais, com textos, por exemplo, de 2021 – o que mostra que a prova tem atualizado as suas questões.”
Comentários do professor Manuel Pimenta:
“A prova de História trouxe os velhos conhecidos da gente: muitas questões sobre memória e identidade. Dessa vez, de maneira, às vezes, nem tão explícita, mas elas chegaram. Um personagem que não estava de novo no exame era a História Antiga. Se é uma tendência, a gente vai saber no próximo Enem.
No geral, a prova deu prioridade ao século 20 e abordou bastante História do Brasil. As temáticas giraram no mundo contemporâneo, na maior parte das vezes, mas deu para dar uma passadinha por História Moderna, tanto na história do Brasil colonial quanto na história da Europa dando seus primeiros passos dentro da modernidade, falando de mercantilismo.
Tivemos questões sobre gênero, questões envolvendo racismo – inclusive, envolvendo futebol e racismo, isso foi bem legal.
No geral, em relação aos textos, eu acho que essa prova ficou um pouquinho mais difícil. Na parte de história, os textos estavam mais elaborados, exigiram uma atenção maior do aluno, achei mais difícil do que a dos dois últimos anos. Ah, e sim, de novo, é um Enem de interpretação de texto, em que, de quinze, dezesseis questões de história que eu pude identificar, uma era conteudista, as outras, claro, que com conteúdo você conseguiria resolver, mas com uma leitura atenta também era bem viável de responder. Bom, dominando o conteúdo, você chegava à conclusão mais rápida.“
Comentários do professor Aluísio Júnior :
“Sobre as temáticas de geografia, houve um predomínio muito claro de questões ligadas ao meio ambiente. Nós tivemos cinco questões ligadas a esse tema. Uma falando sobre a Amazônia e desmatamento; tivemos questões sobre aquecimento global, impactos sobre o uso do solo, impactos da urbanização… Houve um predomínio muito grande desse assunto!
As outras temáticas passearam sobre o natural, o que tem caído bastante nos últimos anos em geografia: questões de agrária, urbanização. Tivemos algumas questões sobre atualidades, sobre Israel, o que me chamou bastante a atenção – e que foram super bem trabalhadas em aula.
Tivemos uma questão sobre China (um pouco mais difícil) falando sobre Xinjiang. Esse tema foi muito bem trabalhado em sala também, então, com certeza, nossos alunos conseguiram resolvê-la bem. Tivemos questões sobre Talibã, pauta que, inclusive, foi trabalhada no nosso aulão do curso e do terceiro ano. Mais um golaço da nossa equipe!“
Comentário do professor Rodrigo Figueiredo:
“A prova estava num nível relativamente fácil, estava mais tranquila do que nos outros anos. Quase todas as questões (isso foi uma tendência nos últimos três anos do ENEM) têm algum conteúdo sociológico implícito nelas. Você tem poucas questões de teoria sociológica, mas muitas questões que abordam temas antropológicos, temas culturais contemporâneos. Eles foram bem comuns na prova como um todo.
O que ficou diferente foi Filosofia. Eles estão com uma tendência, nos últimos três anos de prova, de abordar pouca filosofia medieval e pouca filosofia moderna, o que era relativamente comum. Eles têm cobrado muita filosofia contemporânea e muita filosofia antiga!
Dessa vez, aconteceu a mesma coisa, só que foram poucas questões. Foram quatro questões diretas de conteúdo filosófico, uma de existencialismo, uma de teoria do poder, uma de sofisticação. Tivemos uma de filosofia contemporânea batendo com cartesianismo, que é moderna, mas a filosofia era basicamente uma questão de filosofia contemporânea, de Maurice Merleau-Ponty, fenomenologia francesa mais especificamente – que tem caído nos últimos vestibulares também. Por esse motivo que a gente passou a abordar, inclusive, no ensino médio.
A prova não estava nada distante do que a gente já estudou em sala, estava relativamente tranquila, muitas questões de história com sociologia, algumas poucas questões de filosofia. Em geral, elas giram em torno de oito, sete, e, nesse vestibular, foram quatro. Os candidatos precisavam conhecer algum conteúdo filosófico para resolver algumas outras questões de sociologia, mas nada de muito complexo não. “
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