Para estabelecer um diálogo sincero com a nossa comunidade e priorizar a convivência ética na escola, não nos poupamos em conversar com os responsáveis e com os estudantes sobre os riscos de brincadeiras e ações que são virais no cotidiano dos jovens. Dessa forma, nossa equipe de Convivência está sempre atenta aos desafios que podem representar algum tipo de malefício para as nossas gotinhas. A brincadeira do momento é o chamado “Jogo da Discórdia’, que, sem dúvidas, pode ser considerado como uma prática de bullying. Vamos entender melhor do que se trata?
O “jogo”, que ficou famoso por ser praticado no reality show BBB, funciona da seguinte forma: uma pessoa é colocada em posição de julgamento, apenas pelo achismo do próximo. Com isso, acaba-se criando conflitos entre os participantes e o bate-boca acalorado atrai a audiência de quem quer ver o debate pelo entretenimento. Em nenhum momento durante a “disputa” o interesse é resolver algum conflito com base nos princípios de educação, convivência e ética. Um dos principais objetivos é, justamente, desestabilizar, provocar e insultar o outro. Assim, o participante pode ficar vulnerável ao público durante o reality.
Os perigos e as consequências da brincadeira podem ser agravados quando praticados no ambiente escolar, afinal, não há possibilidade de acompanhamento psicológico durante todo o dia. Além disso, na escola, os estudantes não são eliminados, portanto, a única e exclusiva finalidade do jogo é a criação de mágoas que colocam em risco o emocional do aluno ou da aluna. Sentimentos esses que podem ficar ocultos e serem levados para casa sem a percepção dos responsáveis ou de um especialista.
A brincadeira pode ser taxada como uma bobeira por não haver, até então, consequências físicas dentro do game. Mas ao relativizar é interessante se fazer três perguntas: ao iniciar o jogo da discórdia há real clareza dos riscos envolvidos? Se o alvo não ficar bem, quem cuidará? Desculpas, se fosse o caso, seriam suficientes para remediar essa situação? São pontos importantes a serem considerados perante uma sociedade emocionalmente abalada passando por períodos de reclusão e afloramento dos sentimos por conta da pandemia.
A analista de convivência ética do Colégio pH Cássia Melissa comentou sobre a importância em se atentar a essas brincadeiras: “precisamos questionar quais são os riscos disso, uma vez que não temos a dimensão de como o outro ficará”, avalia ela.
Por isso, a nossa escola está sempre atenta ao ontem, ao hoje e principalmente ao que pode estar por vir amanhã. “Brincadeiras” como essa podem ser de alto risco para os envolvidos. Dessa forma, devemos cuidar de nossos jovens e adolescentes. “Valores como empatia, responsabilidade e respeito mútuo estão sempre em pauta na sala de aula. E, dessa forma, um ambiente mais saudável é construído para nossos estudantes.”, completou Cassia.
Para isso, nossa escola conta com o apoio da equipe de Convivência Ética que estão no quadro de aulas de nossos estudantes. Além disso, estão sempre disponíveis para tirar dúvidas também com os responsáveis.