O pH é uma escola contemporânea e voltada para o desenvolvimento integral. Por isso, busca favorecer situações de aprendizagem em que o aluno possa mobilizar seus conhecimentos e suas atitudes para atuar no mundo e para intervir em problemas do cotidiano, sempre respeitando os direitos humanos e buscando o bem-estar coletivo.
De fato, atuar no mundo contemporâneo requer muito mais que reter informações. Requer o desenvolvimento de competências para aprender a aprender, saber lidar com a informação cada vez mais disponível, aplicar conhecimentos para resolver problemas, identificar os dados de uma situação e buscar soluções, conviver e aprender com as diferenças e as diversidades.
Por isso, acreditamos na formação e no desenvolvimento humano global. Isso significa romper com visões reducionistas que privilegiam ou a dimensão intelectual (cognitiva) ou a dimensão afetiva. Significa, ainda, promover uma educação voltada ao acolhimento de crianças e de adolescentes, ao seu reconhecimento e ao seu desenvolvimento pleno, nas suas singularidades.
Compreendemos crianças e adolescentes como sujeitos com histórias e saberes construídos nas interações com outras pessoas, tanto pessoas do entorno social mais próximo quanto do universo da cultura midiática e digital. Isso nos obriga a pensar a escola como espaço formador e orientador de relações saudáveis, que rejeitem qualquer forma de violência, e como agente promotor de ações e reflexões conscientes, críticas e participativas. Nossa escola educa os alunos para serem capazes de estabelecer relações saudáveis e produtivas de convivência, que permitam o desenvolvimento intelectual, social e afetivo do próprio ser.
É importante frisar: a violência, física ou simbólica, é a antítese da educação em que acreditamos. É missão da nossa escola e de todo o processo educativo provocar e promover formas de convivência mais saudáveis e melhorias da qualidade de vida das pessoas.
Também queremos que nossos alunos deem propósito às escolhas que fazem e que, conscientemente, escolham a forma com que querem viver. No entanto, quando o assunto é projeto de vida, a tendência é, logo, pensar em futuro. E não em um futuro qualquer, mas nos planos que os estudantes fazem para a vida adulta, em particular a inserção e a movimentação no mundo do trabalho. Nessa perspectiva, o papel da escola seria ajudá-los a traçar um percurso coerente: identificar seus sonhos profissionais e planejar as estratégias para alcançá-los.
Os projetos de vida são isso também, mas não só isso. O Projeto de Vida diz respeito a como se quer viver. É ele que dá sentido às escolhas feitas, aos objetivos pretendidos, às metas pessoais e profissionais, em suma, à trajetória de vida. E se os projetos de vida carregam uma perspectiva de longo prazo, é certo que eles também se relacionam e orientam objetivos de curto e médio prazo, na medida em que esses últimos funcionam como degraus necessários para se alcançar o projeto maior.
Nesse percurso, obstáculos se apresentam e dificultam o caminho, produzindo até mesmo retrocessos. Em tais situações, é o próprio projeto de vida – entendido, vale ressaltar, como aquilo que dá sentido à existência – que estimula a busca por solucionar diferentes tipos de problema e por superar etapas específicas a cada momento da história de cada um.
Nossa missão é explícita: queremos formar pessoas aptas a trilhar seu próprio caminho de sucesso no mundo contemporâneo. Precisamos, portanto, como escola, ajudar os alunos a descobrir a direção dos seus passos.
Filipe Couto
Diretor pedagógico e Diretor das unidades de Botafogo